13 de novembro, 2018

O PONTO DE VISTA

Encontrei a árvore mais alta da floresta.
Escolhi na copa um galho resistente, minha preferência.
Claro, precisaria sustentar o meu peso.
Não queria errar dessa vez.

Fiz tudo com cuidado e planejamento.
Com muita dificuldade, escalei aquela árvore,
levando na mochila o que precisava.
Ao alcançar o ponto desejado, descansei longamente, embalado por meus sonhos.

Peguei aquela corda grande,
fiz um nó na ponta e comecei a entrelaçar nos galhos à minha volta.
No final, havia trançado uma rede forte que me sustentava.
Bem acomodado bebi um gole da água de meu cantil, como se fosse o último.

Daquele ponto mais alto avistei o mundo.
Minha cabeça fervia em pensamentos.
A sincronicidade dos eventos observados me calou fundo.
Tudo parecia ter um significado.

A grandiosidade e beleza da natureza,
fizeram com que eu chorasse muito…
Compreendi a vida.
Quanta maldade, dor e tristeza.

Contrapõe-se à beleza, encantamento, alegria, felicidade, saúde, sucesso e ao amor.
Só para alguns…
Não seria para todos os seres?
Ah, com certeza, sim!

O que estamos fazendo da vida?