Desenvolvimento Humano

09 de julho, 2019

O POBRE ? ORA, O POBRE !

Em todas as últimas catástrofes, vimos muitas pessoas atingidas, em sua maioria, pobres.

Tiveram suas vidas devastadas. Vidas essas já comprometidas por seu estado de pobreza. Podemos dizer que estão na terrível miséria, dependendo de ajuda para simplesmente tudo o que se refere à sobrevivência.

Essas vidas têm algum valor?

Há algum sentido na vida dessas pessoas?

Para elas, as vítimas, com certeza. Mesmo considerando as mínimas condições de sobrevivência, desenvolveram um laço de relacionamento e afeto com os seus entes familiares, amigos e a sociedade onde vivem. E, na tentativa por sobreviver, eles dão um sentido para suas vidas. De outra forma, simplesmente se matariam, como alívio àquele infortúnio.

Deveriam, pelas péssimas condições de vida, serem protegidos pelo Estado ou por algum Deus?

Quem se interessa realmente por essa gente?

Aceitar que a vida é assim e pronto é nauseante. Mas, ao que parece, a realidade é nua, crua e nos atinge no âmago, causando muita dor.

Ampliando o foco para as catástrofes criadas pelo homem, podemos dizer, quase com certeza, que não há mesmo preocupação com a vida das outras pessoas.

Mata-se com tiros certeiros, balas perdidas, acidentes de trânsito, insegurança nas construções em geral, incluindo barragens malfeitas e tantas outras atrocidades.

Nesse ponto, podemos dizer que se não dermos um sentido para nossas vidas, através da criação de uma narrativa, já que estamos desprovidos de qualquer proteção, simplesmente sucumbiremos.

Dirão com certeza, você está sendo pessimista em relação à finalidade e ao sentido da vida.

por Fausto Ferreira