06 de agosto, 2020

AINDA SE ACHAM SUPER-HOMENS

Cansei de encontrar pessoas, que se dizem superiores, nessa vida. Também não sei o que significa superior e, para ser mais preciso, superior à que?

Títulos, diplomas e cargos. Já não enganam mais. Gentinha e gentalha (copiando o Chaves – programa de humor).

Acabou de acontecer, no Rio de Janeiro. “Cidadão não. Engenheiro civil, mais que você”. Imbecilidade.

Acordam a mil por hora, destemidos e matadores dos leões diários… Eles não sabem, mas os tais leões não existem.

Nunca se cansam ou se aborrecem, mantendo aquele ar inabalável de triunfo. Aparência pura.

Lutam batalhas inglórias e se dizem vencedores. A vida não é uma guerra e tão pouco uma competição.

Ah, as redes sociais… As fazem de vitrine, para desfilar seus feitos. Belos corpos vestidos de alvas túnicas. Cérebro? Nem pensar!

Alguns, mais insanos, estão passando do limite moral, ao citar a estupidez da supremacia branca, de terrível lembrança e que volta a nos assombrar.

Estamos vivendo um verdadeiro circo de horrores. Nojo.

Como faz falta gente de verdade, frágil, intensa, empática, que pensa no coletivo e no bem comum.

Lembrei-me do Fernando, com seu Poema em Linha Reta.

Ele disse tudo!

O que pode nos salvar? Talvez o encontro do porquê vivemos e nos mantém por aqui.

Busca difícil, mas possível.

Quantos podem fazê-lo? Poucos…