Desenvolvimento Humano
13 de junho, 2018
O VAI E VEM DA VIDA
São Paulo, final de tarde de uma terça feira.
Trânsito pesado, em alguns trechos parado. Só os motoqueiros me assustam, passando muito próximos e em velocidade.
Um volume imenso de carros e ônibus, que vai no mesmo sentido que eu e outro no sentido contrário.
Sempre me perguntei, para onde vai tanta gente? Naquele dia me incomodou de tal forma, que não pude resistir e comecei uma reflexão mais séria sobre o evento.
Claro, objetivamente, as pessoas circulam para atender seus compromissos de trabalho, necessidades e lazer.
Assim a metrópole funciona.
Mas, e as pessoas? Naquele movimento frenético, elas têm consciência de como vivem? Mais ainda, por que vivem daquela maneira?
É um fazer constante pela sobrevivência? Que vida é essa, em que vou para casa somente para dormir?
Entendo, entendo. Há fases em que a luta pela sobrevivência é imperativa. O problema é que passando essa fase, nada muda e continuamos no mesmo ritmo.
Se assim for, viver é isso?
A velocidade e a intensidade do ir e vir da vida, resumem a própria vida.
É pouco.
Detestar a segunda feira e adorar a sexta feira e os feriados é o que interessa.
Há uma dimensão maior, que para a maior parte da população passa despercebida.
Triste e incompreensível.
Compreensível, pela pequenez da vida que nos é imposta.
Assim, a vida é desprezível.
Que vida queremos?
Façamos escolhas significativas!